As atenções do país estarão voltadas, a partir das 9h desta terça-feira (2), para a sala da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. É ali que terá início um julgamento considerado histórico: cinco ministros decidirão o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de cinco crimes, dentro do processo que ficou conhecido como trama golpista.
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Além de Bolsonaro, outros sete estão no banco dos réus. São eles Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Eles constituiriam o núcleo central da chamada trama golpista, sendo todos acusados de integrar uma organização criminosa armada, liderada por Bolsonaro, e que teria o objetivo de promover um golpe de Estado no país, abolindo o Estado Democrático de Direito. Sete deles (a exceção é Ramagem) respondem também pelos crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
No grupo de provas circunstanciais estão, por exemplo, as evidências de aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dar suporte ao golpe. E os discursos de Bolsonaro, desde 2021, atacando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as urnas eletrônicas.
As documentais incluem conversas em um grupo criado em aplicativo, minutas de golpe e de operações que tratavam de prisões, atentados, e até de assassinatos. Planos com rascunhos escritos de etapas, detalhamentos táticos e análises de riscos, que receberam nomes, como Punhal Verde e Operação Luneta. Reuniões documentadas e documentos impressos que passaram pelos palácios do Planalto e do Alvorada.